PSICOPATIA EM MULHERES
Suzane Von Richtofen

Suzane afirma que seus pais não aceitavam o namoro e a impediam de ver o rapaz. Além disso, existia um suposto interesse na herança (que Suzane agora nega) e uma suposta manipulação dela exercida por Daniel Cravinhos - que diz ter ocorrido justamente o oposto: fora que ela jurou seus pais de morte antes desse atentado cometido por ela.
Suzane Von Richtofen

Suzane afirma que seus pais não aceitavam o namoro e a impediam de ver o rapaz. Além disso, existia um suposto interesse na herança (que Suzane agora nega) e uma suposta manipulação dela exercida por Daniel Cravinhos - que diz ter ocorrido justamente o oposto: fora que ela jurou seus pais de morte antes desse atentado cometido por ela.
Em geral, a psicopatia caracteriza-se por insensibilidade absoluta, crueldade,impulsividade, emoções superficiais e ausência de remorso para os atos cruéis.
Falta ao psicopata, empatia para com as pessoas à sua volta. Os psicopatas são manipuladores e em geral, por causa da impulsividade, tendem a envolver-se em atividades criminosas.
A impulsividade é um traço preponderante e até mesmo definidor da psicopatia.
Psicopatas não aprendem com as punições e nem com a experiência e, por essa razão, são encontrados mais facilmente entre os marginais aprisionados.
Eles acreditam ter uma certa imunidade natural para os limites da vida. Mas a grande maioria dos psicopatas não está atrás das grades e sim, vivendo de forma comum, sem nunca terem passado por uma delegacia.
Eles casam-se e tem filhos que serão pessoas problemáticas porque nós sabemos hoje, que o ambiente tem um poder enorme sobre o desenvolvimento e rumos do psiquismo.
A psicopatia é uma doença mental que tem vários graus de severidade. Quando inteligentes, os psicopatas geralmente são persuasivos, carismáticos e podem induzir as pessoas à sua volta a fazer coisas que eles não querem ou não se sentem capazes de fazer. São indivíduos extremamente manipuladores. Psicopatas em geral são mentirosos, mas, não aceitam quando a mentira é aplicada a eles e por isso, exigem fidelidade e verdade daqueles com quem se relacionam.
São muito preocupados consigo próprios. Outra característica dos psicopatas é que não fazem planos a longo prazo e também não assumem a responsabilidade por suas ações. Mas essa descrição é estabelecida para psicopatas do sexo masculino.
''Será que há uma correspondência de comportamentos para as mulheres? ''
Vários grupos de pesquisa compostos por psicólogos e psiquiatras americanos têm se dedicado a estudar a psicopatia no sexo feminino. Em geral os estudos estão sendo feito em prisões femininas com mulheres que matam e agridem freqüentemente.
As conclusões atuais mostram que a psicopatia severa entre mulheres é muito rara. O número de mulheres psicopatas pode ser previsto como sendo um terço daqueles números prevalentes entre homens e que, por sua vez, correspondem a 2 ou 3% da população geral. Os profissionais chegaram às seguintes conclusões provisórias com relação à psicopatia feminina:
1.Os sintomas iniciais em geral, surgem já no inicio da vida.
2. Em alguns casos parecem existir evidências de que, quando crianças, essas mulheres sofreram abusos sexuais (não é uma condição necessariamente obrigatória).
3. Tanto os homens como as mulheres partilham de um processo comum na infância: negligência e abusos na relação com os pais.
4. Na melhor das hipóteses, as mulheres psicopatas foram criadas em famílias onde eram introvertidas e tinham um profundo sentimento de isolamento.
5. Na adolescência elas tornam-se adictas de várias substâncias como álcool e drogas.
6. Podem apresentar comportamentos sexuais perversos.
7. Essas mulheres têm um contato instável com a realidade. Esses contatos tendem a ficar mais precários em situações emocionais intensas.
8. As mulheres psicopatas não apresentam problema com a impulsividade que é um traço considerado central na psicopatia masculina. Alguns estudiosos consideram que as mulheres psicopatas tendem a ser mais paranóicas e histéricas.
9. Assim como os homens, as mulheres psicopatas têm grande necessidade de controle e de poder. São persuasivas, sedutoras e carismáticas, mas obtém seu intento de forma diferente.
10. As mulheres psicopatas não gostam de serem contrariadas.
11. Há muitos traços nas psicopatas femininas que coincidem com os traços encontrados nos homens como insensibilidade, violência e agressão sem que isso implique em culpa. Suas emoções são superficiais, achatadas.
12. As mulheres psicopatas em geral, estão entre aquelas que assumem papeis preponderantes nos cuidados com os demais, como por exemplo, enfermeiras e parteiras. Gostam de cuidar das pessoas á sua volta.
Aliás, foram nessas profissões que surgiram as grandes psicopatas femininas e que tornaram-se serial Killers. Como foi observado pelos pesquisadores, as mulheres portadoras de psicopatia severa, na verdade, são casos muito raros. Mas existem. Segundo Hare, um pesquisador há muito, envolvido com a pesquisa da psicopatia e seu tratamento, desconfia que existem algumas alterações cerebrais envolvidas na psicopatia.
Se você se interessa pelo assunto, veja o artigo, Psicopatia, já publicado por Psipoint.Uma questão que sempre chama a atenção é que as pessoas, ainda nos dias de hoje, tendem a ver tais atos como fruto de um comportamento maldoso e não como fruto de uma doença muito séria.
Creio que essa postura acaba trazendo alguns lucros que podem, num outro momento, revelarem-se perversos. A doença, principalmente os transtornos de personalidade, são condições que podem passar despercebidas por muitos anos até que um dia se manifestam de maneira violenta e então, nos confrontam com o que há de pior na vida: a morte e a violência. Essa manifestação pode ser desastrosa e sempre vai depender do stress a que o indivíduo é submetido. GRANDES ASSASSINAS
Elizabeth Bathory - Hungria
Matou de 40 a 600 pessoas entre 1600 e 1611. Ninguém sabe ao certo o número de vítimas. Interessada em magia negra e acredita que ficaria jovem para sempre se tomasse banho em sangue humano. Então, matava e usava o sangue das vítimas. Nunca foi condenada.
Mary Ann Cotton – Inglaterra
Matou de 15 a 21 pessoas, entre 1852 e 1872. Envenenava suas vítimas com arsênico. Matou todos os maridos e boa parte dos filhos. O objetivo era ficar com o seguro deixado pelos maridos, eliminando possíveis herdeiros rivais. Foi enforcada em 24 de março de 1873.
Marybeth Tinning – EUA
Matou nove ou mais pessoas, entre 1972 e 1985. Matou todos seus nove filhos, mas confessou ter sufocado apenas três. Condenada em 1987, cumprindo pena até hoje.
Martha Beck -EUA
Formou com o amante uma das mais famosas duplas de serial killers no final dos anos 40. Conhecidos como Lonely Hearts, por escolherem suas vítimas, entre viúvas de veteranos de guerra, através de correios sentimentais em jornais. Martha manipulava o parceiro, era fria e calculista, apresentava-se como irmã mais nova e juntos praticavam os crimes.
Finalmente teve seu fim na cadeira elétrica. Graças aos empenho de dois detetives, inconformados com a audácia e crueldade das mortes, lutaram até o fim para capturar a dupla.
Sua historia foi filmada com o nome de Lonely Hearts ou Os Fugitivos, o papel de Martha coube a grande atriz Salma Hayek.
Marie Noe – EUA
Matou oito de seus dez filhos, entre 1940 e 1968. Teve dez filhos que morreram um depois do outro. Confessou ter asfixiado quatro deles, mas as provas indicavam que era culpada pelo assassinato de pelo menos oito.

Belle Gunnes – EUA
Matou mais de 40 pessoas, entre 1900 e 1908. Seus dois maridos morreram subitamente, além de uma sogra, dois filhos e diversos amantes. Envenenou boa parte das vítimas. Em 1908, desapareceu e não foi encontrada.
A fronteira da maldade
A ciência avança na identificação de
psicopatas, o primeiro passo para
entender a extensão desse mal
Psicopatas são o que de mais temível e intrigante os descaminhos da mente humana podem produzir. Eles são eloqüentes, charmosos, sedutores e capazes de impressionar e de cativar rapidamente. Parece bom? Somem-se a essas características insensibilidade, frieza, mentiras, uma brutal capacidade de manipulação e nenhum sentimento de culpa ao fazer o mal.
É assim que eles são descritos pelos médicos. Portanto, embora assombroso, esse é o perfil mais realista. No código internacional de doenças, editado pela Organização Mundial de Saúde, a psicopatia se enquadra na classificação de distúrbio de comportamento anti-social – uma anomalia cuja incidência no mundo é de 5%. Os psicopatas são o extremo mais grave desse grupo. Correspondem a 1% da população mundial. É grande a possibilidade de já se ter topado com um deles sem saber.
Examine-se novamente a estatística. De cada 100 pessoas, uma é psicopata, de acordo com a probabilidade aritmética. Para quem gostaria de criar uma defesa totalmente segura contra eles, pode-se adiantar que é difícil.
Há entre muitos psiquiatras a desconfiança declarada de que vários dos atos bárbaros vistos hoje podem ter origem nesse mal. O atentado praticado por Osama bin Laden contra as torres gêmeas de Nova York e o assassinato dos seis turistas portugueses em Fortaleza são característicos. Os sinais da presença deles na sociedade são inúmeros. O desafio é reconhecê-los. Sabem enganar e dizer exatamente o que se quer ouvir.
"O leigo normalmente só descobre depois que foi prejudicado", afirma a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, especialista em medicina do comportamento pela Universidade de Chicago. A psicopatia não é exatamente um problema mental. É uma zona fronteiriça entre a sanidade e a loucura. Na prática, os pacientes não têm delírios, alucinações. Tampouco perdem o senso da realidade. São pessoas inteligentes, mas incapazes de ter sentimentos altruístas, de sentir pena ou piedade e de se enquadrar nos padrões éticos e morais das sociedades em que vivem. Sua motivação é a satisfação plena de seus desejos, mesmo que isso envolva um golpe financeiro, a falência do concorrente ou, nos casos mais radicais, um estupro ou um assassinato. Tanto faz.
O caso brasileiro mais conhecido é o do motoboy Francisco de Assis Pereira, o maníaco do parque, preso no Complexo Penitenciário do Carandiru, em São Paulo. Ele é acusado do assassinato de doze mulheres. Nove desses crimes ele confessou. Muito se especulou sobre que loucura teria levado a ações tão bárbaras. Chegou-se a dizer que havia uma influência do além. Seu laudo psiquiátrico – obtido com exclusividade por VEJA – é categórico no diagnóstico. Trata-se de um psicopata.
Embora seja essa a visão mais usual, o psicopata que mata e tortura suas vítimas não corresponde ao perfil mais freqüente.
O mais comum é o tipo parasita. É assim que se define aquele que se dedica a atormentar e dar golpes em suas vítimas sem nunca atentar fisicamente contra elas. O maior especialista mundial em psicopatia é o psicólogo canadense Robert Hare, da Universidade de British Columbia. Hare, por meio da observação clínica de seus pacientes, produziu um dos mais eficientes métodos de análise do comportamento e identificação dos psicopatas. Em seu livro mais famoso, Without Conscience, ele descreve inclusive os psicopatas de colarinho branco, pessoas que dedicam a vida a trapacear nos negócios.
Conhecer a fronteira entre a loucura e a mente sã é ainda um desafio para médicos e cientistas. O método desenvolvido por Hare já está em uso em países como Alemanha, Dinamarca, Holanda, Canadá, Inglaterra e em alguns Estados americanos. Uma de suas principais vantagens é a aplicação no sistema carcerário. Estudos realizados nos Estados Unidos e no Canadá estimam que a incidência de psicopatas entre a população carcerária chegue a 20%. Sua presença na prisão não passa despercebida. Eles têm o perfil adequado para se tornar os chefões da cadeia e os líderes de rebeliões. Podem transformar os outros 80% dos presos em massa de manobra. "Além de recriarem o inferno na cadeia, atrapalham a ressocialização dos detentos que podem ser recuperáveis", afirma a psiquiatra forense Hilda Morana. "É esse um dos principais motivos de o Brasil ter uma taxa de reincidência de crimes tão alta, na casa dos 70%."
Hilda encarrega-se, neste momento, de traduzir e validar o método de Hare no Brasil. Esse é o objetivo do doutorado que faz no Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. Na etapa final, seu trabalho inclui a aplicação do teste de Hare em dez unidades penitenciárias de São Paulo, de acordo com o compromisso assumido com o secretário de Administração Penitenciária do Estado, Nagashi Furukawa. O resultado dessa avaliação, segundo a psiquiatra, possibilitará cuidar melhor dos 80% de detentos que ficam expostos à perversidade dos psicopatas. Hilda pretende ainda acompanhar, por quatro ou cinco anos, a vida desses indivíduos depois que saírem da prisão. Sua hipótese é que voltarão a cometer crimes muito antes e com mais facilidade que bandidos comuns. "Normalmente, eles têm as penas atenuadas por bom comportamento", afirma Ana Beatriz Barbosa. "Eles são tão dissimulados que se comportam como cordeiros na prisão. Virou moda forjarem uma conversão ao protestantismo."
A história registra casos de psicopatas que se tornaram celebridades. Um dos mais famosos é o do pintor italiano Michelangelo Merisi, o Caravaggio (1571-1610). Ele morreu, aos 39 anos, após uma atribulada vida de desajustes e crimes – além, claro, de uma das mais importantes obras legadas à história da arte. No livro Loucos Egrégios, o médico Juan Antonio Vallejo-Nágera apontou vários indícios de que a obra de Caravaggio teria sido influenciada por seu comportamento anti-social. Ele chamou a atenção para alguns detalhes macabros da obra de Caravaggio. No quadro O Sacrifício de Isaac, observa a expressão fria do ancião enquanto este se prepara para sacrificar o próprio filho.
Não se sabe a origem da psicopatia, mas existe muita pesquisa em desenvolvimento. Os especialistas brasileiros Ricardo de Oliveira-Souza e Jorge Moll Neto, que ganharam o prêmio especial do penúltimo congresso da Associação Americana de Neurologia, identificaram as áreas do cérebro em que há alta atividade diante de julgamentos morais. Entre os anti-sociais, essas regiões não apresentam nenhuma atividade. É de arrepiar.










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